quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Eu aprendi pra não ser...Aluno de cantador
I
Faz tempo eu aprendi
Nas artes da poesia
Era eu da melodia
Quando nisso me meti
Patriota eu conheci
Que foi grande professor
Palestra foi preletor
Mostrou-me como fazer
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
II
E assim o meu cordel
Nascia cá no Recife
Aumentei o meu cacife
Até virar menestrel
Fiz da arte meu cordel
Tempo desafiador
Pajeú meu fiador
Iluminou o meu ser
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR.
III
E assim eu fui compondo
De mote e glosa assim
Sextilha que não tem fim
Eu na hora lhe respondo
Neste verso novo pondo
Sílvio seu propositor
Petrolina tem valor
É só plantar pra colher
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR.
IV
Do cordel para o teatro
Nasceu Nordeste na Mente
Uma peça lindamente
Encenada num só ato
E eu poeta de fato
Na verve de criador
Na sina de trovador
Aqui eu fui me deter
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
V
Do teatro fui seguindo
Mas dia eu publiquei
Meu cordel assim eu sei
Muita coisa foi surgindo
Até hoje vou seguindo
Meu sentido orientador
Com verso de toda cor
Eu aqui a me atrever
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
VI
E assim vou novamente
No Orkut cutucando
Com o Sílvio provocando
Abrindo nova vertente
O cordel nasce da mente
Um trabalho encantador
O Farias meu mentor
Alice pra esclarecer
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
VII
Fundei uma entidade
Com Honório cordelista
Mas penca de artista
Foi uma felicidade
Referência na cidade
UNICORDEL no vapor
Lá só tem trabalhador
O seu brilho venha ver
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
VIII
Fundamos assim seguimos
No torrão pernambucano
UNICORDEL neste plano
E tudo que construímos
Na luta que prosseguimos
Cada um é seu ator
Poeta e declamador
Botando pra derreter
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
IX
Tem Honório e tem Susana
Tem Adiel repentista
Tem o Campos nesta lista
Tem o Dunga bem sacana
Tem o Kerlle tão bacana
Tem Felipe o inventador
Seu Evan batalhador
Tem Ciço que manda ver
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
X
E aqui na oficina
Eu encontro João Rolim
Um poeta bom assim
Tem o Sílvio gente fina
João Gordo de Petrolina
Parece com tal cantor
Brincadeira seu doutor
É só para entreter
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
XI
Lembrando de Zé Limeira
Vi Dom Pedro então surfista
Que virou foi comunista
Alistado e de carteira
Vi Clodovil com Gabeira
Num amasso em elevador
Quando entrou um senador
Que disse também querer
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
XII
Collor era coroinha
Desse padre Lancelotti
E ganhou dele um dote
Uma grana arretadinha
Collor deu foi a morrinha
Arranjou um novo amor
Foi Maguila o lutador
E com ele foi viver
EU APRENDI PRA NÃO SER
ALUNO DE CANTADOR
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