sexta-feira, 28 de maio de 2010

Estrofes para Maria Bethânia




Lady ruiva do agreste
Tu és vida e coração
Se a arte te consola
Um poema uma canção
Mas se é ouro é de tolo
Se a arte é teu consolo
Só o amor a solução


Com alguém te adorando
Te amando intensamente
Com dois corpos mundo ardente
E assim se completando
Por enquanto consolando
Como na masturbação
Toda arte é uma ilusão
É o confeito não o bolo
Se a arte é teu consolo
Só o amor a solução


E assim linda ruivinha
Ouve sim tal melodia
Exultai com a poesia
Toda trova tão bem minha
E serás em toda linha
Sem carência ou depressão
Pois ruivinha é tesão
Não me bota nesse rolo
Se a arte é teu consolo
Só o amor a solução


Explorar tua tez branca
Com afagos do carinho
O teu púbis ser meu ninho
Meu selim a tua anca
Meu desejo nunca estanca
É real sem a ilusão
Eu que sendo teu varão
Te exploro em toda parte
Teu consolo vem da arte
Só o amor a solução


E sentir teu doce cheiro
Tua seiva como tal
Sorveria é divinal
Meu prazer seria inteiro
Te tocar leve e fagueiro
Teu desejo em profusão
Gemerias de emoção
Eu feliz ao penetrar-te
Teu consolo vem da arte
Só o amor a solução

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A indústria do sexo(mote e Heleno Alexandre)



I
A mostrar pelas telas as devassas
As mundanas também cabras escrotos
A indústria que tem perfis marotos
Por aí divulgando tais trapaças
Pra entreter as vulgares toscas massas
Com mau gosto seboso deprimente
O que tem na cabeça essa gente
Ao bom senso comum assim atenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
II
A mostrar toda forma bem bizarra
De transar e fazer só putaria
Exaltando fazer da sodomia
Empurrar esse lixo até na marra
A justiça daqui não lhes esbarra
Pra rolar putaria indecente
Deseduca demais adolescente
Essa bosta cruel torpe nojenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
III
Eu não quero posar de repressor
Muito menos careta e moralista
Mas tal coisa quem vem qual vigarista
Pra mostra uma arte sem valor
Sem moral sem porém e sem pudor
A mulher num estado deprimente
A mostrar um trepar tão decadente
A tratar a mulher como jumenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
IV
Pois só serve pra ser de punheteiro
Pra tarado senil ter suas taras
Pra doentes mentais meter as caras
E curtir torpe coisa de puteiro
Tal negócio nojento dá dinheiro
Pra excitar punheteiro bem carente
Que não pode transar e é demente
Pra curtir essa bosta purulenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
V
Inspirar quem curtir pedofilia
Ensinar a trepar com animais
Surubar enrabar e outros mais
E chupar muita rola nesta orgia
Festival de felatio e sodomia
Mas quem curte demais prazer que sente
Imagina fuder e ter presente
A mulher que na tela se apresenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
VI
Um negão com uma rola de jumento
A comer o cuzim de uma louraça
Ela pega sua rola e empapaça
Engolir sua porra no momento
O negão foi ali gozou sedento
Nem ligou se ela ali meteu o dente
Entupiu sua boca simplesmente
E galou a garganta da sedenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
VII
Duas donas fazendo um sabão
E um cabra babando na punheta
Elas duas roçando com a buceta
Tome velcro ali pro garanhão
Ele pega as duas com tesão
Mete rola nas duas trás e frente
Bota elas chupando pau bem quente
E esporra na boca e arrebenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
VIII
Dois viado trocando o cu na hora
E depois vão fazer luta de espada
Pra depois revezar na enrabada
Cabra frango pensado ser senhora
Tal negócio seboso que apavora
Mas quem compra mental é indigente
Pensa merda demais nem se ressente
Pois só tem consciência pestilenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
IX
Uma amiga que tenho na cidade
Vê demais curte ver um mói de pica
Na internet batendo siririca
Ela gosta de ver barbaridade
Zona sul que ela mora na verdade
Escondida da tia vê somente
Se a véia pegar é doida e crente
Vai pregar sua bíblia lazarenta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente
X
Eu curti ver Império dos Sentidos
Vera Fischer mostrar a pentelheira
Vi a Rita Cadilac ser bundeira
Vi mil cus por aí serem fudidos
Eu fiquei com os dedos doloridos
De bater uma bronha bem contente
Vendo filme seboso e diferente
Onde a nêga numa rola dura senta
A indústria do sexo movimenta
Cem bilhões de reais anualmente

terça-feira, 4 de maio de 2010

Mote de Jorge Santos




I
Ser humilde meu senhor
É receita pra viver
Ser humilde e perceber
Qual o seu real valor
Ser um falso é estupor
É buscar a vilania
O caminho da porfia
Quem cultiva a falsidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
II
Sendo falso não prospero
Se eu sou dissimulado
Orgulhoso e abestalhado
Isso nunca eu espero
Tal pendor me exaspero
Corro dessa tirania
A virtude que se cria
É o caminho da verdade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
III
Um poeta do improviso
Que mostrou na internet
Que tal farsa se repete
Que o falso é cabra liso
Escorrega e sem aviso
Seu ardil que ele cria
Orgulhoso todavia
É uma temeridade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
IV
Este mundo de poltrões
De arautos do orgulho
Essa gente é um bagulho
Sacripantas mandriões
São pascácios falastrões
Satanás por companhia
Inimigos da alforria
Cancros da sociedade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
V
Vejo tanta decadência
Travestida de sucesso
Este pútrido processo
A beirar tosca demência
Falta tanta competência
A sobrar verborragia
Na moral tal sodomia
Falta de capacidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
VI
Gente brega tosca e burra
Antropóides consumistas
Pitt Bulls torpes fascistas
Ao abismo tudo empurra
Essa casta tola zurra
Vê o caos cala nem pia
Como é baixa a energia
Vermes da humanidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
VII
Bando de filhos da puta
Sócios dessa impudência
Os coveiros da decência
Só cifrão tem por permuta
Alma tosca e prostituta
Que nos mete numa fria
O inferno assim recria
Vivem na impunidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
VIII
São asseclas do poder
Lambem botas dos tiranos
Seus pendores subumanos
Com o seu empreender
Desta forma se vender
Pra fartar-se nesta orgia
A esbórnia essa sangria
Nesta biltre insanidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
IX
No meu canto espiando
O banquete dos chacais
Dos abutres vis venais
Nesta faina se fartando
Eu aqui vociferando
No cordel sem latumia
Outro mundo então queria
Onde reine a probidade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia
X
Caro Jorge meu apreço
Pelo mote ofertado
Na internet meu prezado
Sua lavra não tem preço
Verso tem seu endereço
Rumo a esta porcaria
Que se chama burguesia
Não falei nem a metade
Não me falta a humildade
Só me falta a hipocrisia

A madame ,a mocinha e o taxista



baseado num texto do livro PIADAS DO PASQUIM
I
A mocinha bem nascida
Ficava no interior
Estudava no internato
Sobrinha de um monsenhor
Sua mãe muito zelosa
A madame cabulosa
Era como seu feitor
II
Pra senhora pro senhor
Vou agora lhes contando
Quando ela então chegou
Pro Recife retornando
As férias de fim de ano
Ela vinha era o plano
No Recife assim chegando
III
Ela foi desembarcando
Na rodoviária antiga
Sua mãe foi lhe buscar
Nervosa e fazendo figa
Seu busão que atrasava
Mas enfim então chegava
Ver mamãe e a turma amiga
IV
No cordel eu que lhes diga
Como tudo aconteceu
A madame chamou: táxi
E um fusquinha apareceu
Disse:- vou pra Madalena
E o cabra ali na cena
Ouviu e obedeceu
V
Uma volta que ele deu
Num caminho mais comprido
Resolveu mudar caminho
Salafrário era sabido
E no fusca neste tranco
Correu lá pra Rio Branco
Bem folgado e enxerido
VI
Pra você leitor querido
Uma coisa eu vou contar
Quem não mora no Recife
Do lugar eu vou falar
Rio Branco tinha a zona
Tinha quenga e marafona
Pra você se situar
VII
A madame ao olhar
Vendo aquela pasmaceira
Taxista tão sacana
Não fez rota costumeira
Pra lesar o seu dinheiro
Lá no bairro do puteiro
Ele fez essa besteira
VIII
A mocinha tão matreira
Foi olhando pras calçadas
Era começo da noite
Viu as moças maquiadas
E com roupas provocantes
À espera dos passantes
Pra dar suas furunfadas
IX
Vendo elas enfeitadas
A mocinha curiosa
Perguntou para mamãe
Como que maliciosa
Quem seriam aquelas donas
Muitas delas bonitonas
Desfilando em polvorosa
X
A mamãe bem cuidadosa
Julga a filha uma inocente
Diz assim pra sua filha
Com uma voz bem paciente
Essas moças ó querida
Que nós vemos na avenida
Bem ali na nossa frente
XI
E falou toda contente:
Esperando seus maridos
São esposas cuidadosas
Com seus homens tão queridos
Antes de ir pros seus lares
Vão ali beber nos bares
Que são os seus preferidos
XII
Absurdos proferidos
O chofer se assustou
Interrompe essa madame
Foi assim que ele falou:
Madame, por caridade
Conte logo essa verdade
Quase que esbravejou
XIII
Sua filha até notou
Que esposas que são não
Sua filha é uma mocinha
Que tem boa educação
A verdade nua e crua
Diga para a filha sua
Deixe de tanta ilusão
XIV
A madame disse então
Sem mentir para mocinha
Como era a prostituta
E a vida que ela tinha
A mocinha escutando
E a seguir foi perguntando
Era arguta e espertinha
XV
Como é triste ó “mãinha”
Disse a moça desolada
E a seguir outra pergunta
Fez pra mãe tão dedicada
Essas moças filhos tem?
E se quando um filho vem
Qual a criação que é dada
XVI
A mamãe já afobada
Puta com o vigarista
Disse pra filha do lado
Filhos tem: - sem pai na vista
Se são homens,estão lascados
Quando crescem esses coitados
Vão “tudim” ser taxista