quinta-feira, 12 de junho de 2008

PELEJA VIRTUAL AMISTOSA ENTRE ALLAN SALES E ADIEL LUNA



Allan Sales:
Meu compadre Adiel
Vai cumprindo seu papel
Com repente com cordel
Feliz é teu versejar
Esse nó vai arrochar
Nesse torrão nordestino
É comum nosso destino
No quadrão de beira mar.

Adiel Luna:
És poeta peregrino
De um linguajar ferino
Criticas qualquer cretino
Que queira te encabular
Nunca foste de baixar
A cabeça pra ninguém
Só faz o que lhe convém
No quadrão da beira mar

ALLAN:
E não fazes nhem nhem nhem
Nem puxas saco também
Versejar teu vai além
Na viola a dedilhar
Adiel o teu lugar
É no panteão da glória
Vamos nós fazer história
No quadrão de beira mar

ADIEL:
Nessa minha trajetória
Lidando na oratória
Exigindo da memória
Tudo que possa me dar
Tenho que me orgulhar
De tê-lo como um amigo
Por isso canto contigo
Um quadrão a beira mar

ALLAN:
Não correndo do perigo
Na poesia eu prossigo
Pensando algo eu digo
Adiel eu vou louvar
Poeta és lapidar
Essa viola brejeira
No rojão da gemedeira
No quadrão de beira mar

ADIEL:
Essa nossa brincadeira
É cantiga verdadeira
É verso na regra inteira
Rio correndo pra o mar
E vento que a passar
Espalhando seus rumores
Nos traz mais cheiro e sabores
No quadrão da beira mar

ALLAN:
Poeta dizendo cores
Neste mundo de horrores
Desanca porcos senhores
Os que querem lhe explorar
A cabeça levantar
Vencer o lado obscuro
Poema forte e seguro
No quadrão de beira mar

ADIEL:
Eu vivo pulando muro
À procura de um futuro
Pra me livrar de apuro
Só Deus vem por mim zelar
Minha vida é trabalhar
Buscando por melhoria
Meu sustento é a poesia
No quadrão da beira mar

ALLAN:
Poeta tens alforria
No verso na melodia
Versejas com alegria
O mundo vem encantar
Na poesia se fartar
E toda fala é batuta
Tua verve que se escuta
No quadrão de beira mar

ADIEL:
A minha e a sua luta
É uma eterna disputa
Mas na vida quem labuta
Às vezes tem que penar
Até um dia encontrar
Repouso sossego e paz
Pra mim já ta bom demais
Um quadrão na beira mar

ALLAN:
Na vida a gente faz
Nosso verso satisfaz
E quem na vida é capaz
Inveja faz despertar
Juntos nós vamos criar
És Luna que vem da lua
Talento na voz tão tua
No quadrão de beira mar

ADIEL:
Não há que substitua
A minha arte e a tua
Nosso nome continua
No mais alto patamar
Você não pode parar
Nem devo parar também
Nossa fama vai além
No quadrão da beira mar

ALLAN:
Poeta disseste bem
Não abrindo bem pro trem
Não nos pagam mais vintém
O justo vamos cobrar
E assim só trabalhar
Por uma paga condizente
Somos da classe decente
No quadrão de beira mar.

ADIEL:
O compromisso da gente
É mostrar o excelente
Cordel,canção e repente
Coisas do nosso lugar
Mas se temos de enfrentar
Alguma dificuldade
Nos sobra capacidade
No quadrão da beira mar

ALLAN:
Meu poeta meu confrade
Vamos dizer a verdade
Não quero pela metade
O que vim para buscar
E pro verso completar
Respeitem nosso trabalho
Ou vão sentar num caralho
No quadrão de beira mar

ADIEL:
Não queremos quebrar galho
Nem enfeitar cabeçalho
Ser coringa de baralho
Nem adorno de altar
Viemos pra trabalhar
Desempenhar bom papel
Salve Allan e Adiel
No quadrão da beira mar.