sexta-feira, 19 de março de 2010

Texto de repórter policial na reintegração de posse da Fazenda Éden.




Estamos aqui em numa localidade conhecida como Paraíso, onde um casal de sem terra recém casado, que respondem pelo nome Adão e Eva, que ocuparam a Fazenda Éden de propriedade do Sr Jeová que eles julgavam ser improdutiva.

De acordo com essas filmagens feitas por helicóptero por forças de segurança, Adão, a mando de Eva, destruiu alguns pés de maçã, e devorou sem autorização do dono da fazenda essa espécie de maçã transgênica, patenteada de fruto proibido.

O sargento Gabriel, do batalhão de choque , que comandou a ação de reintegração de posse, portando uma espada enorme, disse que o casal, visivelmente fora de si, brigava muito e responsabilizavam mutuamente pelo vandalismo, aparentemente sob efeito de álcool ou até outras drogas, já que dona Eva dizia que só orientou seu marido a fazer a depredação das macieiras do Sr Jeová, porque ela ouviu uma enorme sucuri lhe dizer para fazer isso.

Sr Adão que até agora era conhecido um completo desocupado, foi condenado a prestar serviços comunitários para ganhar o pão com o suor do seu rosto, dona Eva visivelmente desolada, falou com nossa reportagem e disse que está preocupada como é que vão criar o primeiro filho dela, já que está grávida e nos disse que está preocupada com o futuro do seu primeiro filho que eles vão batizar, em homenagem ao cão pastor alemão do batalhão de choque,que chorou bastante e se recusou a latir pra eles e só dizia: Caim. Caim, Caim.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Texto de repórter policial no incidente dos vendilhões do templo




Estamos aqui na Judéia, especificamente na frente do templo de Jerusalém, onde hoje houve um incidente entre os camelôs que comercializavam seus produtos paraguaios sem nota fiscal e um grupo de treze homens, liderados por um rapaz que dias atrás, chegou em Jerusalém montado num jumento e ovacionado por uma enorme multidão que o chamava de Messias, causando um grande tumulto na cidade, mas ignorado pelas autoridades por se tratar de um movimento pacífico.

Segundo os ambulantes, esse rapaz bastante alterado, promoveu o quebra-quebra geral nas mercadorias, e dizendo que não reclamassem aos fariseus que dirigem o templo, que seu pai era muito poderoso e não estava nada satisfeito com aquele comércio irregular na casa de Jeová.

Depois de muito corre-corre e gritaria, os ambulantes correram assustados, pensando que se tratava de um arrastão, já que esse moço dias antes se reunira com mais de trinta mil sem terra santa, como os quais distribui um carregamento enorme de pães e peixes de origem desconhecida, ficando muito conhecido na região por esse fato. Segundo populares, deve ser um rapaz de posses, pois, segundo pudemos apurar não trabalha, sendo visto muitas vezes praticando surf nas praias locais, já que dizem que é muito bom em andar sobre águas.

A guarda romana foi chamada, mas, quando chegou, o grupo já tinha se evadido do local sem levar nada, o que caracteriza apenas vandalismo. Os ambulantes não quiseram prestar queixar na delegacia, com medo de represálias por parte do pai do chefe do bando que os atacou, que eles acreditam mesmo ser todo poderoso, já quem em outros tempos foi apontado como mandante da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, cuja população tinha muitas dívidas com ele.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Texto de repórter policial no local da morte de Judas.




Estamos aqui na Judéia, num subúrbio afastado da Grande Jerusalém, onde um rapaz conhecido como Judas Iscariotes apareceu enforcado numa árvore, causando a curiosidade de muitos populares que ao encontrarem a cena chamaram o IML para recolher o seu corpo.

Segundo informações que pudemos apurar, ele passou o dia todo bebendo muito numa taberna perto do local onde apareceu enforcado. Visivelmente transtornado, segundo o dono do bar ele portava uma bolsa com cerca de trinta dinheiros, mas a origem desse dinheiro todo ele não queria comentar, e entrava em desespero e chorava copiosamente quando olhava para tal bolsa.

Pelo que pudemos apurar, ele já bastante bêbado falava com muita emoção de um tal de Jesus de Nazaré que apareceu crucificado no Calvário com mais dois ladrões, segundo seus amigos mais próximos era presidente uma ONG chamada Discípulos do Messias da qual Judas fazia parte. A maior parte do tempo, falava com muita raiva de uma tal de Madalena com a qual na certa deveria manter uma certa rivalidade no seio dos membros dessa ONG, que fazia um trabalho social que distribuía pães e peixes com os sem terra da Judéia , praticava cura de cegos e aleijados sem plano de saúde, chegando a ressuscitar um senhor chamado Lázaro, animando casamentos transformando água em vinho.

A polícia trabalha com todas as hipóteses, mas a mais provável é mesmo de suicídio, já que segundo um popular que o conhecia,ligou para o disque denúncia dizendo que ele se matou com remorso por sentir-se culpado pela morte do Nazareno, a quem entregou em troca de tinta dinheiros, para ser julgado e crucificado por seus inimigos, movido pelo seu ciúme doentio e possessivo pelo filho de Dona Maria, por quem tinha uma paixão homossexual não correspondida, já que esse demonstrava um certa preferência por sua estagiária conhecida como Madalena,que segundo seus seguidores mantinha com ela um relacionamento amoroso.

sábado, 13 de março de 2010

Palavra Não(letra de música)

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Não, palavra não, não tem mais como consertar
São diferentes nossos modos de amar
Um foi desejo que andou na contramão
E agora tem que achar um jeito de calar

E quem desejou bateu no frio da ilusão
Andou incerto e voltou sem ver razão
Ouviu o não de uma boca assim falar
Andou desertos sem ver cores da paixão


Foi fazendo coisas no violão puxando verso
Ouvindo a voz do coração neste universo
Num modo imerso todo encanto desta flor
E quando chegava nesta hora ela fugia
Deixando só o turbilhão de melodia
E a poesia que falou de um lindo amor

Flor, que cultivada em coração com tanto zelo
Mostrando ao mundo uma alma nua em pelo
Toda canção que foi paixão de um trovador
Vai lembrar pra sempre com emoção daquele dia
Em que ouviu palavra não que ela dizia
Quem só queria para ser seu grande amor.