quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

INTÉ MAIS 2008 / TE FODE PAPAI NOEL



I
Dois mil e oito já vai
Dois mil e nove já vem
As intrigas de Brasília
Vem chegando nesse trem
Só não muda a malandragem
Com o povo a sacanagem
Daqueles que muito tem
II
O aquecimento global
Alertas que aí estão
Dois mil e oito tão quente
Provoca a desolação
Exigindo uma atitude
Um planeta sem saúde
Muita vida em extinção
III
Sessenta anos completa
Os tais direitos humanos
Faz cinqüenta a bossa nova
O AI-5 dos tiranos
São trinta anos passados
Em que fomos nós calados
Pelos milicos insanos
IV
Olimpíada de Pequim
Vice foi Felipe Massa
Ouro o vôlei feminino
O São Paulo ergueu a taça
Outros clubes no fiasco
Portuguesa até o Vasco
No ano que ligeiro passa
V
O Hipólito caiu
A Daiane amarelando
O Dunga que não convence
Ronaldo se atrapalhando
Enche a lata no boteco
Depois vai caçar traveco
E o Curingão contratando
VI
Foi Dercy também Valdick
Pra morada do Senhor
Foi também Fernando Torres
Maravilha de ator
Teve eleição de Obama
Mas não se achou Osama
Que mandou tocar terror
VII
Terremoto pra chinês
Mortes lá na Palestina
Temporal depois enchente
Lá em Santa Catarina
Incêndios na Califórnia
Quebrou bolsa na esbórnia
Da especulação suína
VIII
Teve a Sartiagarra
Pra caçar rico ladrão
Prendem soltam Daniel Dantas
Um juiz dá proteção
O Gilmar lá do supremo
Sob inspiração do Demo
Com a lei dando razão
IX
Teve dengue lá no Rio
Com milícia e traficante
Deputado indo preso
Comandando o meliante
Sua filha é vencedora
Virando vereadora
E tome bala traçante
X
Muitos crimes bestiais
Isabella e Eloá
Esse mundo conturbado
Com piratas pelo mar
Assaltando na Somália
Feito máfia da Itália
Nem a ONU faz parar
XI
Lula é popularidade
VEJA fala mal demais
A reserva de Roraima
Agitando os generais
Chega a nos causar insônia
Derrubada da Amazônia
Pra ganhar tantos reais
XII
O Irã e Coréia
Desafiam Tio Sam
Nas escolas dos “States”
Sempre surge um tantã
Na doidice nas refregas
Mete bala nos colegas
Dominado por Satã
XIII
Dado doido Dolabella
Deu porradas na Luana
Também morre de overdose
O gigolô da Suzana
Winehouse piradona
Cada dia mais doidona
Toma droga e bebe cana
XIV
Guerra no Afeganistão
No Iraque do mesmo jeito
Dona Marta se lascou
Viu Kassab reeleito
Por aqui o povo gosta
Elegendo João da Costa
Do PT nosso prefeito
XV
O Gabeira de bobeira
Não ganhou tal eleição
Parlamento do Recife
Muito cabra mete a mão
Vereança na orgia
Fabricando nota fria
Chega de esculhambação
XVI
Zé Dirceu com liberdade
Genoíno da cueca
Não prenderam mensalão
Que rendeu tanta merreca
Bush fez sua cagada
E levou uma sapatada
Não pegou ó que meleca
XVII
Michael Jackon convertido
Numa bicha muçulmana
Esse tal dois mil e oito
Que aninho mais sacana
Com a crise mundial
Como fica meu real
Se o dólar se estabana?
XVIII
O Macain foi rejeitado
Fuzilaram Dona Butho
Aposentam Fidel Castro
E o Raul vem impoluto
Vem de farda se engalana
Dizem ser bicha cubana
Que ele tem fama de puto
XIX
Hugo Chavez tira onda
O Morales fala grosso
Lugo quer de Itaipu
Sua parte no colosso
É chantagem pelo gás
Vão ferrar Eletrobrás
O Brasil não larga o osso
XX
Mesmo assim achei legal
Fiz um monte de cordel
Toquei muito violão
E ganhei algum papel
Não molhei muito o biscoito
Inté mais 2008
Te fode Papai Noel!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PELEJA ENTRE ALLAN SALES E HELENO ALEXANDRE



FEITA NA BUCHA, EM TEMPO REAL, LÁ E CÁ SEM VACILO, CELEBRANDO AS FORMAS POÉTICAS COMUNS AOS REPENTISTAS E POETAS CORDELISTAS NORDESTINOS.

ALLAN
O negão está eleito
Estudou é gente fina
Tio Sam que faz rapina
Avilta tanto direito
O Obama fez um feito
Deseja que algo mude
O império sem saúde
Numa crise do estupor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Mesmo sendo democrata
Mas não liga pra partidos
Que os Estados Unidos
Tem crise na sua ata
Para acabar não tem data
Sem que ninguém lhe ajude
Obama na juventude
É quem vai ser salvador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
Quer seus modos militares
A mandar coisas no mundo
O abismo tão profundo
A pobreza em tantos lares
Miséria tantos lugares
Um sistema cego e rude
Liberdade no ataúde
Israel é seu feitor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Obama ganhou após
Um pleito muito acirrado
quem tinha o discriminado
Teve que baixar a voz
Criado pelo avós
Com a barriga no grude
Seu avô dizendo estude
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude


ALLAN
Obama cabra sabido
Democrata com certeza
Mas mantendo na defesa
Um falcão empedernido
O Tio Sam que tem sido
Um buraco num açude
Obama tem negritude
Mas não leva tal andor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
O seu pai fui queniano
A mãe norte-americana
Ann que quer dizer Ana
A mãe do americano
Dizendo eu não me engano
Estudou na Juventude
Políticas pra não ser rude
Antes de ser senador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
A mulé do garanhão
O tal “Biu” da estagiária
Que vai ser a secretária
De estado no negão
Mas tem general falcão
No banco Deus nos ajude
O dólar virando grude
Milico é torturador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Nasceu em sessenta e um
No dia quatro de agosto
Cresceu levando no rosto
Sol da manhã em Jejum
Foi um garoto comum
Porém com muita saúde
E sua maior virtude
Fui ter sido um sonhador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
Esse cabra que elegeram
Pra fazer a tal mudança
Mas será que ele avança
Das merdas que se meteram?
No Iraque que encheram
De morte e de “fast food”
Isso não é “roliúde”
E ele não é ator
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Em Colúmbia ele estudou
Mesmo debaixo de críticas
Cursou Ciências Políticas
Em Direito se formou
Para o mundo ele mostrou
Que tendo quem lhe ajude
A América não se ilude
Com dicas de impostor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

AS MULHERES E AS BOLAS



(1)
Meus senhores e senhoras com licença
Nesta hora vou fazer comparação
Sem querer provocar a confusão
Pois poeta fala sempre como pensa
E assim sem querer fazer ofensa
No cordel que é minha grande escola
Sempre ao lado dos acordes de viola
Nesta hora eu versejo pra mostrar
Ao meu povo deste modo explicar
Comparando a mulher com uma bola

(2)
A mulher é comparada
Com a idade a uma bola
Quando o tempo decola
Ela se vê transformada
Aos 20 meu camarada
Grande sucesso ela faz
Com beleza se compraz
Juventude é arrebol
Qual bola de futebol
22 correndo atrás

(3)
Aos 30 a balzaquiana
Ainda tem formosura
Faz “lipo” tira gordura
Mulher madura e bacana
É uma amante sacana
Que ao homem satisfaz
Ela aos 30 é demais
Pode fazer a enquête
Feito bola de basquete
Com uns 10 correndo atrás

(4)
Depois de 40 ela
Ainda é bem enxuta
Das amigas ela escuta
Todo tipo de querela
Quarentona ainda bela
É assunto até pra ONG
Sem que o verso alongue
Só tem dois cabra maroto
É um jogando pro outro
Qual bola de pingue pongue

(5)
Depois de 50 ela é
Doutora em menopausa
Isso pode ser a causa
Dela mudar sua fé
Gosta de pegar no pé
Se encontrar quem lisonje
Tá numa seca de monge
É uma bola de golfista
Atrás só um vigarista
Jogando ela bem pra longe

BINÁRIO REPUBLICANO



Para muitos, Lula é reduzido a um fantoche de uma esquerda que ascendeu ao poder após ver cair de podre fantasia neoliberal, crente na onipotência das forças do “deus-mercado”, solução de todos os males, assim como da teoria do “estado mínimo”, eco dos novos tempos preconizados como morte da utopia socialista, adjacente à queda do Muro de Berlim.

Intelectuais que migraram da teoria revolucionária de resistência à ditadura com vistas à implantação do regime socialista, para a social democracia pragmática e reformista do sistema. Isso sem solapar os pilares do sistema econômico injusto e seu estado cartorial capataz do capital predador da força de trabalho sem sensibilidade social, assim como destruidor do meio ambiente e dilapidador dos recursos naturais.


O paradigma de dar mais importância ao PIB em detrimento do IDH ainda permanece na ordem do dia. A equação social não fecha devido ao modelo de desenvolvimento capenga, no qual amplos setores ainda permanecem à margem do consumo. A violência urbana que o diga, com o crescimento do crime organizado ou não, como sintoma mais doloroso da doença social da exclusão.

Em contrapartida, a concentração fundiária, necessária ao modelo de “agro-business” não permite a reforma agrária necessária e até hoje não implementada. Modelo fundiário que ao lado da hegemonia do grande capital são pilares da superestrutura do sistema concentrador de renda ainda vigente, negação da cidadania plena, traduzido num estado deficitário nas ações de educação, saúde, segurança, saneamento,etc.

A classe média, que paga maior parte da conta da derrama tributária, não quer direitos, quer os privilégios da burguesia que ela sonha um dia ainda ser. Paga pela segurança estatal e pela segurança privada, além das benesses dos seus vários condomínios: condomínio residencial, condomínio da educação privada, condomínio dos planos de saúde e condomínios do consumo dos “shopping centers”. Prefere pagar e caro pelo acesso privado aos direitos sociais de saúde , educação e segurança do que se juntar á massa na luta política para estender esses direitos a todos os cidadãos.

A questão é saber até onde o populismo, baseado em políticas de compensação da omissão histórica do estado brasileiro com os mais pobres servirá como tampão da explosão social inevitável, que terá como conseqüência ou uma revolução social verdadeira que resgate as demandas da dívida social paquidérmica, ou um retrocesso autoritário, retomando o sinistro binário republicano de ciclos de populismo seguido de ciclos autoritários, inaugurada pela era Vargas: revolução de 30, Estado Novo, Constituinte de 46, Era JK e Jango, Ditadura de 64, Sarney e a constituinte de 88, Collor e Itamar, FCH I e II, Lula I e II e………………………??

BRASIL DOS PACHECOS



baseado em personagem de Eça de Queirós

Neste cordel, feito por sugestão do jornalista Bráulio Brilhante, fala acerca do Mané e do Pacheco, personagem de Eça de Queirós que vive da imagem falsa que faz para os incautos que se deixam levar pelas aparências.

I
Brasil dos usurpadores
Brasil das monoculturas
Brasil tantas ditaduras
Brasil dos enganadores
Brasil compadres favores
O Brasil dos sem vintém
Brasil do povo aquém
Brasil da lama nos pés
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
II
Qual Pacheco do Queirós
Muita gente que age assim
É tanta mente chinfrim
Aliada de um algoz
Voracidade feroz
Cara de pau vai além
Bacharéis sem ter porém
Exigindo rapapés
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
III
O Brasil das aparências
O Brasil das ilusões
Brasil das televisões
O Brasil das audiências
Brasil das conveniências
Brasil nem lastro contém
O Brasil que lhes convém
Marinhos abravanéis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
IV
Os Manés trabalhadores
Os Manés massificados
Os Manés subletrados
Os Manés vis eleitores
Os Manés consumidores
Os Manés que vão e vem
Os Manés com Deus também
Os Manés de todas fés
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
V
Os Pachecos pregadores
Os Pachecos salvação
Os Pachecos com cifrão
Os Pachecos conversores
Os Pachecos salvadores
Os Pachecos são ninguém
Os Pachecos são alguém
Os Pachecos bacharéis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
VI
Os Manés com crediários
Os Manés que tem cartão
Manés com televisão
Os Manés brevê de otários
Atrás Pachecos falsários
Aos quais atenção atem
E vão tomar no sedem
Na ilusão dos anéis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
VII
Os sabidos e os lesados
A caça e seu predador
A platéia e seu ator
Os gestos dissimulados
Aos seus toscos predicados
Os tolos dizem amém
Quem de Pacheco é refém
São hordas de pangarés
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
VIII
São Pachecos encenando
Pseudo sabedoria
Vendendo tal fantasia
Vai este circo armando
Com a fama angariando
Boatos pra mais de cem
Quem embarca nesse trem
Vai ter surpresas cruéis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
IX
O seu verbo é parecer
Tradução do enganar
Assim ao tolo encenar
Pra o engodo conceber
Esse aí nunca vai ser
Nada muda se intervém
Da mentira traz seu gen
Não vale dobrão de réis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
X
Pacheco quer ter sucesso
Pacheco quer ser famoso
Pacheco posa garboso
Pacheco quer ter acesso
Pacheco não é confesso
Pacheco quer tem harém
Pacheco a comer xerém
Pacheco que ter fiéis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
XI
O Mané quer ter vantagem
O Mané ambicioso
O Mané sempre guloso
O Mané só na viagem
O Mané come lavagem
O Mané algoz mantém
O Mané fica neném
Ser Mané é seu víeis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem
XII
Bráulio Brilhante brilhou
Ao mostrar coisas de Eça
Gente porca que professa
Como Pacheco engendrou
Brilhante Bráulio mostrou
De saber um armazém
Um jornalista tão zen
Nos saberes seus lauréis
Neste Brasil dos Manés
Só Pachecos se dão bem.

BOSSA NOVA EM CORDEL



(1)
Foi no Rio de Janeiro
Final dos anos 50
Que surgiu a Bossa Nova
Um novo som apresenta
Tom Jobim João Gilberto
Baiano pra lá de esperto
Nova batida inventa
(2)
O samba se reinventa
Neste toque sincopado
Com acordes dissonantes
E um modo sofisticado
Mas não gostaram os puristas
Com ouvidos chauvinistas
Novo som é criticado
(3)
O samba reinventado
Batizado Bossa Nova
Descoberto mundo afora
Que ouve gosta e aprova
Carnegie Hall grande show
Que a bossa consagrou
Nossa canção se renova
(4)
Vinícius tão bom de trova
A Garota de Ipanema
Também “Chega de Saudade”
Wave é som poema
Assim “O Baquinho” vai
Do Brasil um som que sai
A bossa sonoro tema
(5)
Bossa é coisa de cinema
A musa Nara Leão
Menescal Carlinhos Lyra
Um cantinho um violão
O Pato, Desafinado
Tom Jobim seu Corcovado
Johny Alf outro cobrão
(6)
Musical renovação
Do nosso cancioneiro
Conquistando o mundo todo
O coração brasileiro
Permanece a influência
Na musical consciência
Nosso Tom foi pioneiro
(7)
Movimento pioneiro
Colocando meu Brasil
No cenário mundial
Como antes não se viu
Ainda hoje ecoando
O que veio renovando
A Bossa Nova eclodiu
(8)
Hoje a mídia sucumbiu
A toda mediocridade
A Bossa Nova de fora
É uma calamidade
O Brasil e seu talento
E o seu melhor invento
De fora é temeridade
(9)
A artística verdade
O talento verdadeiro
Que aqui se revelou
Bossa Nova vem primeiro
Revelou-se para o mundo
Nosso valor mais profundo
Bossa Nova por inteiro
(10)
Foi o fato alvissareiro
Musical evolução
Com os acordes do jazz
E do samba a pulsação
Um produto cultural
Pra deleite universal
De genial invenção
(11)
A brasileira canção
Foi revolucionada
Modernizada prossegue
Magistralmente criada
Grande maestro Jobim
E seu talento sem fim
Uma alma iluminada
(12)
A poética inspirada
De Vinícius de Moraes
O lirismo o sentimento
Esqueceremos jamais
Bossa Nova seu poeta
Seu inspirado esteta
Nas estradas musicais
(13)
A Bossa Nova é de paz
É suave melodia
É plena de sentimento
De grandiosa harmonia
Segue em nós impregnada
Para sempre preservada
Sua envolvente energia
(14)
Coisa boa que se cria
Merecia outros destinos
O mercado fonográfico
A cometer desatinos
Nós devemos preservar
A Bossa Nova ensinar
Às meninas e aos meninos
(15)
Sentimentos genuínos
A Bossa Nova surgiu
Ecoa pelo futuro
Na alma de quem ouviu
Vai reinando magistral
O tesouro musical
Da bossa do meu Brasil

RESPONDENDO AO POETA MINEIRO NAS SEXTILHAS TIRANDO SÍLABAS, NO ORKUT

Viajar ó meu poeta
Assim um verso assinas
Ao propor novo roteiro
As vontades determinas
Assim chego nas Gerais
Sem “deter” indo pra Minas

Como pedras cristalinas
Um poema por um fio
Nas praias do litoral
Farreando em desvario
Nas águas da Guanabara
Sem o “desva” vou no [Rio]

Na viola dou um pio
Do poema subo a rampa
Posso até ir no Tibete
Comer lá a tal Tsampa*
Como Lobsog disse
Tiro o “t” e vou em Sampa

Ou então até o pampa
Ou terras do Canindé
Nessa terra do tupi
Onde tem Tatuapé
Não tem tatu tatuado
Sem “tatua” fica a pé

Ou então até o pampa
Ou terras do Canindé
Nessa terra do tupi
Onde tem Tatuapé
Não tem tatu tatuado
Sem “tatua” fica a pé

Patativar o Assaré
Monteirizar Paraíba
Pajeuzar Lourival
Caririzar João Furiba
Com Cariri Pajeú
Tira o “fu” com tudo em riba

…( * ALIMENTO BÁSICO DO POVO TIBETANO)

PELEJA GEOGRÁFICA PELO MSN



PELEJA: Heleno Alexandre (Sapé-PB) & Allan Sales (Recife-PE) pelo MSN em 04/12/08.

( Mais uma do repentista e o cordelista)

HELENO
DUAS CIDADES GIGANTES
RECIFE E FLORIANÓPOLIS
HOJE EM DIA SÃO METRÓPOLES
AS QUE ERAM VILAS ANTES
TEM DEZ MILHÕES DE HABITANTES
HOJE O PAÍS DA HUNGRIA
SESSENTA E SEIS NA TURQUIA
TRÊS MILHÕES NO PANAMÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
E QUEM CONHECE A SUÍÇA
ESSA TEM VÁRIAS NAÇÕES
OS SEUS CHAMADOS CANTÕES
QUE ALEMÃO COME LINGÜIÇA
QUE PORTUGUÊS CURTE MISSA
ONDE FICA ALEXANDRIA
QUE SUÉCIA É BEM FRIA
SABE ONDE É MADAGASCAR
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

HELENO
QUEM QUISER PASSAR DE ANO
E NAS NOTAS VER UM PERIGO
APRENDA TUDO QUE EU DIGO
QUE DIZENDO EU NÃO ENGANO
NO SERTÃO PARAIBANO
TEM SOUSA E SANTA LUZIA
ITABUNA É NA BAHIA
E O CRATO É NO CEARÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
O POETA SABE TANTO
ONDE É JORDÂNIA EGITO
A CHINA COM SEU ESCRITO
EM ANGOLA O POVO BANTO
NA ITÁLIA O BELO CANTO
TEM ÓPERA E MELODIA
NO JAPÃO GRANDE QUANTIA
DE IENES PRA SE GASTAR
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA


HELENO
PRA PROTEGER A DIVISA
SE USA SISTEMAS MÍSTICOS
PARA DADOS ESTATÍSTICOS
IBGE FAZ PESQUISA
QUEM NÃO SABE MAS PRECISA
SABER O QUE É A CIA
VÁ NA MINHA CANTORIA
QUE VOCÊ APRENDERÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
VAI ATÉ A BORBOREMA
AO VALE DO CARIRI
PRO SERTÃO DO PIAUÍ
NO CERRADO QUE TEM EMA
VAI PRA PARANAPANEMA
POR CERRADO E TODAVIA
NA AMAZÔNIA QUE CHOVIA
NOS CAMPOS DO PARANÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

HELENO
TEM DEZENAS DE PARTIDOS
NA POLÍTICA BRASILEIRA
O ROMANCE A BAGACEIRA
ATÉ HOJE UM DOS MAIS LIDOS
QUE OS ESTADOS UNIDOS
ESTÁ EM CRISE HOJE EM DIA
COMO É NA ECONOMIA
HÁ RISCOS DE VIR PRA CÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
POETA GEOGRAFANDO
SEU POEMA QUAL LIMEIRA
ENSINA A LIÇÃO INTEIRA
GEOGRAFA E INVENTANDO
INVENTA VAI VERSEJANDO
FALA DA TOPOGRAFIA
DO RELEVO E DA ETNIA
QUANTO CHOVE NO LUGAR
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

HELENO
QUATRO PONTOS CARDEAIS
NORTE SUL LESTE E OESTE
DOIS ESTADOS DO SUDESTE
SÃO PAULO E MINAS GERAIS
GOVERNADOR DE GOIÁS
ALCIDES TRABALHA EM DIA
DAS FILIAIS DA SADIA
TEM UMA NO PARANÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
OS CLIMAS TÃO VARIADOS
QUE EXISTEM NO BRASIL
AS FLORESTAS CORES MIL
OS VEGETAIS QUE PLANTADOS
AS CAPITAIS DOS ESTADOS
ONDE TEM A HIDROVIA
COMO SE GERA ENERGIA
NAS TURBINAS NO PARÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

HELENO
É CINQÜENTA E OITO MIL
E CEP DE JOÃO PESSOA
POR MUITO TEMPO LISBOA
SUBESTIMOU O BRASIL
CANTOR É GILBERTO GIL
ATRIZ É NÍVEA MARIA
IRMÃ DULCE DA BAHIA
PRA MUITOS VIVA INDA ESTÁ
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

ALLAN
ISSO É QUE GEOGRAFEIRO
DA PAISAGEM HUMANA
SEU HELENO TÃO BACANA
REPENTISTA E VIOLEIRO
PARAÍBA POR INTEIRO
ZÉ LIMEIRA VIU NUM DIA
EM SAPÉ FEZ CANTORIA
CANSOU DE GEOGRAFAR
O POETA TAMBÉM DÁ
UM SHOW EM GEOGRAFIA

sábado, 6 de dezembro de 2008

Peleja de repentista com cordelista : Heleno Alexandre (Sapé-PB) & Allan Sales (Recife-PE)



ALLAN
O negão está eleito
Estudou é gente fina
Tio Sam que faz rapina
Avilta tanto direito
O Obama fez um feito
Deseja que algo mude
O império sem saúde
Numa crise do estupor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Mesmo sendo democrata
Mas não liga pra partidos
Que os Estados Unidos
Tem crise na sua ata
Para acabar não tem data
Sem que ninguém lhe ajude
Obama na juventude
É quem vai ser salvador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
Quer seus modos militares
A mandar coisas no mundo
O abismo tão profundo
A pobreza em tantos lares
Miséria tantos lugares
Um sistema cego e rude
Liberdade no ataúde
Israel é seu feitor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Obama ganhou após
Um pleito muito acirrado
quem tinha o discriminado
Teve que baixar a voz
Criado pelo avós
Com a barriga no grude
Seu avô dizendo estude
Que o futuro é promissor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
Obama cabra sabido
Democrata com certeza
Mas mantendo na defesa
Um falcão empedernido
O Tio Sam que tem sido
Um buraco num açude
Obama tem negritude
Mas não leva tal andor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
O seu pai fui queniano
A mãe norte-americana
Ann que quer dizer Ana
A mãe do americano
Dizendo eu não me engano
Estudou na Juventude
Políticas pra não ser rude
Antes de ser senador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

ALLAN
A mulé do garanhão
O tal "Biu" da estagiária
Que vai ser a secretária
De estado no negão
Mas tem general falcão
No banco Deus nos ajude
O dólar virando grude
Milico é torturador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude

HELENO
Nasceu em sessenta e um
No dia quatro de agosto
Cresceu levando no rosto
Sol da manhã em Jejum
Foi um garoto comum
Porém com muita saúde
E sua maior virtude
Fui ter sido um sonhador
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude
ALLAN
Esse cabra que elegeram
Pra fazer a tal mudança
Mas será que ele avança
Das merdas que se meteram?
No Iraque que encheram
De morte e de “fast food”
Isso não é “roliude”
E ele não é ator
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude
HELENO
Em Colúmbia ele estudou
Mesmo debaixo de críticas
Cursou Ciências Políticas
Em Direito se formou
Para o mundo ele mostrou
Que tendo quem lhe ajude
A América não se ilude
Com dicas de impostor
Pode até mudar de cor
Mas não muda de atitude