sábado, 30 de janeiro de 2010

SONETO DA ILUSÃO



.
E do jeito que me olhaste foi veneno
Foi feitiço que roubou o meu sossego
Cativando coração deste teu nego
Que rendeu-se a sonhar afeto pleno

Mas o mundo pra outro rumo fez aceno
E seguiste qual cigana sem apego
Teu afeto foi presente de um grego
Que aceitou meu coração em tempo ameno

Mas depois sobreveio a tempestade
E o tempo revelou toda verdade
Dissipando ilusão que em nós campeia

O afeto que me deste foi tão bom
Mas foi frágil como enfeite de crepom
Pois no fundo foi só canto de sereia


Recife, 2005.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo o teu poema poeta, bela obra tu tens, patrimônio dos mais bonito
tudo que fazes, fazes bem!