terça-feira, 8 de março de 2011

Mote de Cancão

Eu também já vivi no mesmo inferno
De sentir rejeitado um sentimento
Ser trocado pra ver todo tormento
Padecer como que num fogo eterno
Era esse o modelo do meu terno
Que vesti pra sofrer penar então
Qual Layane no mote de Canção
Eu senti da tristeza o azedume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.


Pra sentir o desejo sem viver
Como que vai tornar um ser platônico
E viver neste modo histriônico
De amor sem carinho padecer
O melhor nesse caso é esquecer
E viver doutro modo a emoção
Pois ficar melancólico é em vão
A sentir-se abaixo de um estrume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.



Ser assim a penar na tirania
De um afeto cruel que não tem rumo
É perder todo ser e todo prumo
E viver só cruel melancolia
Abrigar-se na sua poesia
Consolar padecer numa canção
Se não tem deste louco coração
O menor faiscar de qualquer lume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai Allan muito forte isso... Intenso, ainda bem que depois da tormenta vem a calmaria. jackieisis

nazarena disse...

Linda amigo e tão verdadeira me emocionou abs

Rosário Pinto disse...

Allan,
Meus Deuses, você calou fundo em mim. Parece a história de muitos de nós. Essa universalidade de sentimentos é o que caracteriza a boa poesia.
bjim,

Fátima Moraes disse...

Muito lindo, esse cão dorme em todos os lares...