Eu também já vivi no mesmo inferno
De sentir rejeitado um sentimento
Ser trocado pra ver todo tormento
Padecer como que num fogo eterno
Era esse o modelo do meu terno
Que vesti pra sofrer penar então
Qual Layane no mote de Canção
Eu senti da tristeza o azedume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.
Pra sentir o desejo sem viver
Como que vai tornar um ser platônico
E viver neste modo histriônico
De amor sem carinho padecer
O melhor nesse caso é esquecer
E viver doutro modo a emoção
Pois ficar melancólico é em vão
A sentir-se abaixo de um estrume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.
Ser assim a penar na tirania
De um afeto cruel que não tem rumo
É perder todo ser e todo prumo
E viver só cruel melancolia
Abrigar-se na sua poesia
Consolar padecer numa canção
Se não tem deste louco coração
O menor faiscar de qualquer lume
Dorme junto aos teus pés o meu ciúme
Enjeitado e faminto como um cão.
4 comentários:
Ai Allan muito forte isso... Intenso, ainda bem que depois da tormenta vem a calmaria. jackieisis
Linda amigo e tão verdadeira me emocionou abs
Allan,
Meus Deuses, você calou fundo em mim. Parece a história de muitos de nós. Essa universalidade de sentimentos é o que caracteriza a boa poesia.
bjim,
Muito lindo, esse cão dorme em todos os lares...
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