Escrevi esse singelo texto numa manhã após ser alvejado por água de chuva (jogada por um automóvel pilotado por um sacana), água comumente empoçada na Avenida Kennedy em Peixinhos-Olinda, aonde moro por esses dias. Fiz as duas primeiras estrofes que publiquei no Jornal da Besta Fubana de Sua Santidade Papa Berto Primeiro da ICAS. As demais vieram aos poucos e completam esse folheto.
Allan Sales
I
Olinda pobre cidade
Que despe da fantasia
Patrimônio é bem verdade
Mas falta cidadania
O poder em Sítio Histórico
A cortejar o folclórico
Esquece a periferia
II
Olinda que olindaria
Olindecendo Peixinhos
Olindecendo Ouro Preto
Olindecendo os vizinhos
Olindecendo Rio Doce
Olindecendo o que fosse
Olindecendo os caminhos
III
Olindecência são ninhos
Olindecência da idade
Oh! linda essência de um povo
Olindecência a verdade
Olindecência futura
Olindecência a cultura
Olindecência a cidade
IV
Olindecer sem metade
Olindecer feito ovo
Oindecer sem fronteira
Olindecer sempre novo
Olindecer com ladeira
Olindecer Pitombeira
Olindecer todo povo
V
Olinda verso que chovo
Olinda assim vem da chama
Olinda é eco e passado
Olinda vida que clama
Olinda tempo presente
Olinda povo que sente
Olinda livre proclama
VI
Olindamente que inflama
Olindamente a folia
Olindamente no passo
Olindamente a alegria
Olindamente é bailado
Olindamente é Bajado
Olindamente poesia
VII
Olindecente eu queria
Olindecente a visão
Olindecente a justiça
Olindecente o torrão
Olindamente a igualdade
Olindamente a irmandade
Olindamente esse chão
VIII
Olindecer qual canção
Olindecer foi imerso
Olindecer nesse canto
Olindecer Universo
Olindecer no papel
Olindecer no cordel
Olindecer neste verso
IX
Olinda! Bane o perverso
Olinda sai desse escuro
Olinda acorda Olinda
Olinda que eu procuro
Olinda de entrar nos trilhos
Olinda pra todos filhos
Olinda fé no futuro!
Um comentário:
Muito bom, eu vou fazer um pra minha professora sobre Bairros de Olinda. Peguei uma inspiração muito grande, está perfeito ! : )
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