sábado, 25 de fevereiro de 2012

Eleições no Brasil



No Brasil nas eleições
Ainda tem voto comprado
Pra prefeito e deputado
Todo tipo de mandões
Por aí gastam milhões
Eleição qual caixa preta
Muito jogo de mutreta
E a coisa se agiganta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Por tijolo por cimento
Até chapa novos dentes
A votar tantos carentes
Com a mente de jumento
O seu voto faz fomento
Do atraso tal faceta
O canalha com a caneta
Vai levar vantagem tanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

E depois de bem eleito
Eleitores esquecidos
Os acordos são rompidos
Já venceu ali o pleito
O canalha mais perfeito
É do Cão o estafeta
Muita grana na maleta
O povão ainda se espanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Já deu voto muita gente
E depois arrependido
Quem votou bem iludido
De prefeito a presidente
Ele é burro ou inocente?
Pra deixar mamar na teta
Eleição velha punheta
Fala bem gente tão santa
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Os discursos moralistas
Caixa dois desses senhores
Os que são os salvadores
São no fundo uns fascistas
Tem os fundamentalistas
Que são sócios do capeta
Com seu visual careta
Onde seu discurso planta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta


E os sócios de Jesus
Com a sua intolerância
Sua santa arrogância
Seu rebanho lhes conduz
Com seu cobre que reluz
Vão tocar nessa retreta
Não fim tem velha vendeta
Onde um velho galo canta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta


Pau mandado de empreiteiro
Porta voz de mafioso
Muito cabra ali seboso
Com um monte de dinheiro
Pobre povo brasileiro
Não anota em caderneta
Que lhe logra em carrapeta
Com mentira lhe imanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta


Vão votar nos arrochados
Com discurso salvador
Querem sim um protetor
Bando de alienados
Pra depois vão enganados
Ficar fora da carreta
Vão do cão ouvir corneta
E aí o atraso canta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Esquerdista de araque
Com discurso muito antigo
Dando uma de amigo
Aplaudido pela claque
Vai depois vestir um fraque
Se fartar com costeleta
Com picanha e com chuleta
Seu banquete que lhe encanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Defensor da natureza
Que se alia com a direita
Outra águia na espreita
Outro rei da esperteza
Ecológica defesa
Mas enchendo a caixeta
Veste verde camiseta
Se escolher nada adianta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Uma mídia submissa
Ao que tem mais atrasado
Um jornal manipulado
Uma VEJA qual carniça
No entanto a mundiça
Não percebe essa cruzeta
Como o voto dá chaveta
E depois se desencanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

E também as pregações
Que se fazem nas igrejas
Outras vis sutis pelejas
Dessas manipulações
As gerais enganações
Vão fechar a maçaneta
E tudo que se prometa
Não fará tal sacripanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Futebol e carnaval
Pão e circo e mais consumo
Pobre sempre leva fumo
Vota errado no final
E no pleito eleitoral
Mais escroto do planeta
Faz um demo na proveta
No poder algoz transplanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Aleluia deus cartão
Consumir mais e melhor
E dever sempre é pior
E votar numa eleição
Esperara a salvação
E não ler aí gazeta
O poder vai dar gorjeta
Seu quinhão sempre suplanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Olhadinha no passado
Só pra ver que o apóia
Ou então vai ter tramóia
Com o eleitor logrado
Mas se for assim ligado
Não vai aceitar peseta
Uma esmola ou muleta
Nem coxinha com uma fanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

Um projeto de Nação
Ou projeto de colônia?
É pensar sem parcimônia
E buscar voz da razão
É só nossa a decisão
De não dar voto perneta
E dar uma de xereta
A pesquisa é sacrossanta
No Brasil tem muita anta
Que dá voto a picareta

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