quinta-feira, 27 de março de 2008
MOTE ELEITOREIRO SUGESTÃO DE CÍCERO MORAES
I
Os safados de sempre nesse lado
Vão levar eleitores pro buraco
O povão qual guiné diz que “tô fraco”
Tanta fome tem nome meu prezado
Eleitor pra votar é num safado
Dá seu voto depois não vale à pena
O sujeito ladrão que rouba a cena
Como Judas terá muitos dinheiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
II
E assim pedir voto do eleitor
Vão chegar pra mostrar cara de pau
Um calhorda na esfera federal
Vai levar seu quinhão de sedutor
Enganar o povão trabalhador
Mentirão levarão seu circo encena
Gente porca demais mais de centena
Urubus tapurus mais carniceiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
III
Nos dirão que farão coisas demais
Criarão com justiça nova vida
A mundiça daqui vai iludida
Votará e depois secar seu gás
O poltrão falastrão a grana a mais
Gastará pra chegar nada o condena
No final só dirá só coisa amena
Todos nós a sorrir nos picadeiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
IV
Vote mesmo não terás mais ilusão
Pois votar é assim só necessário
Se nos traz por aqui só salafrário
Se votar sem pensar não tem razão
Mas verás como faz tal armação
Fala mal muito mal o tal Datena
Eu me ligo demais abro a antena
Pra sacar e evitar a tal gangrena
Desses tais os chacais mais sorrateiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
V
Os leões que famintos querem tudo
Querem mais sempre mais desse povão
Vão querer se fartar nesta eleição
Vão mostrar como faz o seu entrudo
O povão que carente sem estudo
Vai ter nada no fim gota serena
No poder vão comer mais de vintena
De bufunfas do povo os forasteiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
VI
Nova ARENA que tem é democrata
Com tucanos demais na revoada
Com ladrão se dizendo camarada
A História recente nos relata
Nosso povo que vão meter a pata
Pra levar enganar seu sangue drena
Vão querer bons carrões e não Siena
E comer nos repastos estrangeiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
VII
Mil sujeitos que vão dizer lorotas
Muitos vão tal lorota nos botar
Pra depois ter um voto sem pensar
Nos impor sob os pés as suas botas
Não mudar e manter as mesmas rotas
Para ouvir sempre mesma cantilena
Repetida como as rezas da novena
Enganando com discursos mais fuleiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
VIII
Os chacais o venais no mesmo rumo
Vão querer se fazer de salvadores
Pra no fim se portar qual predadores
Cidadão vão pegar todo esse insumo
O poder pra manter no mesmo prumo
E deixar a exclusão de quarentena
Se fartar e dançar tal macarena
No festim terminal dos embusteiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
IX
Eleitor cidadão domesticado
É seu dono feitor e enganador
Que domina pra levar tal condutor
Pra votar no poder podre e safado
Mas quem quer não será mais enganado
O passado ruim só lhes condena
Esse cabra se modos nunca frena
Seus butins que farão qual farofeiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
X
Eleger mas pensar na conseqüência
Só votar em quem tem um compromisso
O safado poltrão que dá sumiço
Quando tem o que quer sem indulgência
Sepultar o poltrão exige urgência
Sem botar um botão de açucena
Enterrar esquecer de forma plena
Escolher os que têm modos ordeiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
XI
Cidadão cidadãs deste país
Avançar pra mudar nosso presente
Destronar quem quiser ferrar a gente
E quem faz do poder só meretriz
Extirpar todo mal pela raiz
Sem perdão que se deu pra Madalena
Essa corja que mente tão pequena
Não merece mandar nos brasileiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena
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