sexta-feira, 22 de julho de 2011
Também morre a humanidade/Quando fere a natureza
O homem é um animal
Que pensa ser diferente
Bicho é bicho, gente é gente
Ele é um ser racional
O seu mundo industrial
Ele acha uma beleza
Mas o homem tem tristeza
E não aceita a verdade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Polui o rio e mata
Destrói o ecossistema
O progresso é o seu lema
Pois quer viver na mamata
Seu progresso desacata
Só acumula a riqueza
E põe bilhões na pobreza
Produz a desigualdade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Prosseguem neste caminho
Pondo bicho em extinção
Nesta nefasta ação
Virou um bicho daninho
Tornou-se um ser mesquinho
Acumula com avareza
Pra destruir tem destreza
Não repõe nem a metade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
O Brasil foi Pindorama
Paraíso original
O Brasil colonial
Destruindo o panorama
A natureza viu drama
E do branco virou presa
E o índio com surpresa
Ao ver tanta crueldade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Índios, milhões no Brasil
Trezentos mil hoje em dia
De tanta mata que havia
Muita coisa já sumiu
Em todo canto erigiu
De concreto a fortaleza
E pra por o pão na mesa
Usam veneno à vontade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Amazônia dá seu grito
Grita também pantanal
A destruição geral
Deixa o mundo aflito
Muito protesto foi dito
Mas reagem com dureza
Com quem saiu em defesa
Da bio diversidade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Caminhamos para onde?
Com tanta destruição
O deus dólar é a razão?
Que a tudo isso responde?
O responsável se esconde
Dá desculpas com torpeza
Não existe vida ilesa
A tanta voracidade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
Respeitando toda a vida
Salvaremos toda a Terra
Corrigindo o que se erra
Com a voragem desmedida
Se a lição for aprendida
Demonstramos esperteza
E veremos com clareza
Que não há dualidade
Também morre a humanidade
Quando fere a natureza
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