quarta-feira, 23 de junho de 2010

Motes e glosas de Allan Sales




Nossos sonhos são travessos
E de nós fazem brinquedos
Eles escondem segredos
Tem seus fins e seus começos
Podem sim gerar tropreços
Ilusão ter simplesmente
Por demais arrasam a gente
Se frustrar mundos medonhos
São crianças nossos sonhos
Seu playground nossa mente

Eu aqui vou na real
Retomando meu caminho
Sei que vou lutar sozinho
Num viver tão visceral
Vou em busca do total
Do que foi bem concebido
Meu caminho escolhido
Armadilhas não esconde
Vou de volta para onde
Não devia ter saído

Sem anseios de burguês
Armadilha em consumismo
Longe desse vampirismo
De total desfaçatez
A lição aqui se fez
Pra me ver esclarecido
Se um pecado é cometido
Logo a vida nos responde
Vou de volta para onde
Não devia ter saído

Ilusões toscas lorotas
Como tal ouro de tolo
Eu de fora deste rolo
Conviver com idiotas
Eu traçando novas rotas
O labor meu preferido
Um laurel bem auferido
O meu trilho neste bonde
Vou de volta para onde
Não devia ter saído

Ilusão de tosca era
De afetos pueris
De arroubos juvenis
De uma alma de quimera
Vida dura tão sincera
Como tal acontecido
Iludir empedernido
Sou do povo não um conde
Vou de volta para onde
Não devia ter saído

Voltarei e simplesmente
Aos anseios da virtude
Equilíbrio e ter saúde
E centrar tudo na mente
Velejar nesta vertente
Nada bom foi corrompido
Quem a vida tem bem lido
Este rio só transponde
Vou de volta para onde
Não devia ter saído

2 comentários:

Fátima Moraes disse...

Muito bonito, mas não voltes!

Fátima Moraes disse...

Vou deixar de te seguir, já que isso te incomoda, boa sorte!