domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ao bravo povo gaúcho



Fiz esse poema depois de ver um interessante documentário sobre o povo gaúcho na preciosa TV Senado.
(ALLAN SALES)

I
Um nordestino sem luxo
Na verve de cordelista
Vem saudar nacionalista
O bravo povo gaúcho
E nesse verso que puxo
Nas palavras costumeiras
Vejo em terras brasileiras
Um povo tão importante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
II
Nessas solenes pajadas
Prendas guitarras ginetes
Galpões não são palacetes
Os vejo nas cavalgadas
Se não empunham espadas
Mas têm as almas guerreiras
Que permanecem inteiras
No presente indo adiante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
III
O gaúcho que guerreiro
Preserva na identidade
Festeja sua verdade
Cá no solo brasileiro
Esse povo cavaleiro
Sempre a romper barreiras
Nas cavalgadas ligeiras
Num cavalgar elegante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
IV
Uruguaios argentinos
Têm gaúchos têm história
Que guardada na memória
Povos e comuns destinos
Os gaúchos paladinos
Cantando suas rancheiras
Suas toadas brejeiras
Com garbo gáudio de infante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
V
Assim com latinidade
Afirmando e vai estar
No futuro alumiar
Com a sua claridade
Coragem ô barbaridade
Que a partir das cocheiras
Seguiu sendas estradeiras
Fez o Brasil ir avante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
VI
Gaúchos agricultores
Colonizando o cerrado
Seu CTG bem postado
Ali fervendo pendores
O povo com seus labores
Abastecendo mil feiras
As mãos gaúchas obreiras
Produzem obra operante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
VII
Brasil pilchado de botas
Montado no seu cavalo
É com orgulho que falo
Rio Grande não esgotas
Pois não engoles lorotas
E as mentiras rasteiras
Farroupilha como queiras
Serás eterno e vibrante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
VIII
Essa alma popular
Que Veríssimo mostrou
Na palavra que brilhou
Ainda está a brilhar
O que vem desse lugar
Não são coisas passageiras
Perenes são verdadeiras
Qual minuano uivante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
IX
Se meu Brasil percebesse
E seguisse no caminho
Ver o país inteirinho
Outro rumo concebesse
Povo bravo como esse
Enfrentou não deu carreiras
Pois aí fincou trincheiras
Resistiu neste rompante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras
X
Finalizo em poesia
Nas palavras do cordel
Com verve de menestrel
Esse poema elegia
Versejei com alegria
Pras gentes alvissareiras
Que ao redor das fogueiras
Fez seu mundo galopante
Pátria gaudéria pulsante
Que vai além das fronteiras

Um comentário:

Alfredo Bessow disse...

Grande é este país varonil
feitos de sonhos andejantes
eu me 'emputeço' com o Brasil
hoje terra de ladrões e farsantes
Mas há pontos em nossa história
que a própria elite sempre esconde
como há dizer que não há glória
em cada canto que se ande
Eu que sou teatino e sonhador
que ando pelo mundo errante
sei que todo nosso povo tem valor
e 'todos' carregam a pátria pulsante