sábado, 19 de maio de 2012

AS MALOCA DE CASA AMARELA

(se Zé da Luz morasse no Recife contemporâneo)

Três muié ou três trepeça
Três maloca da favela
Que vi num ponto de ônibus
No Vasco em Casa Amarela
A mais veia a mais escrota
Tinha uma lapa de rabão
Torcia pelo leão
Vi na camisa marota

A segunda, a mais franzina
Me filmava de montão
Ligada no violão
Com um cara bem ladina
Os oi dela parecia
Uns dois farol acendendo
E vermelho os dois ardendo
Na lombra que ela trazia
A terceira essa se invoca
Me espiava de um jeito
E piscava pra um sujeito
Montado numa motoca

O maloca bem arisco
Ficou oiando pra eu
Minha perna se tremeu
E o meu cu foi dando um pisco

Eu até me assustava
Olhando as três maloca
E o cabra da motoca
Qual quem mais me tirava
E assim de supetão
Liguei pro cento e noventa
E vi a corja nojenta
Embarcar num camburão.

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