quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Texto de repórter policial no calvário.




Estamos aqui na Judeia, num lugar conhecido com Calvário, onde um rapaz de 33 anos, chamado Jesus de Nazaré foi morto ao lado de mais dois elementos que segundo as pessoas praticavam furtos aqui na região.

Segundo populares, ele bebia e jantava com seus 12 amigos, quando um grupo de encapuzados, usando fardas do exército romano o levaram à força para seu chefe Pôncio Pilatos. Esse chefão, aliado de um grupo de extermínio chamado sacerdotes do templo, condenou o rapaz que foi bastante torturado e depois crucificado com requintes de crueldade.

Pelo que pudemos apurar, ele falava demais, dizia ser um tal de Messias filho do todo poderoso, meses antes, junto com um grupo de mais de 30 mil sem terra, apareceu com um carregamento de pães e peixes cuja origem disse ele que era milagre, que distribuiu com a multidão de famintos, também acusado de exercer ilegalmente a medicina curando alguns cegos e aleijados,dando prejuízo pras funerárias com sua mania de ressuscitar os mortos.

A sua companheira, dona Madalena , muito emocionada não quis falar conosco, assim com sua mãe dona Maria, uma santa mulher que passou mal sendo socorrida pelo SAMU. Aqui impera a lei do silêncio, tentei falar com um de seus amigos, o senhor Pedro que é pescador, mas seu Pedro, negou-se por três vezes falar que o conhecia.

ALLAN SALES

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Poema musicado de Allan Sales

É só libido
(Allan Sales)

Tu és a Eva que eu achei sem paraíso
Não foi preciso nem serpente e a danação
O meu castigo foi viver no teu perigo
Ser condenado ao fogo ardente da paixão

Se foi serpente que soprou desejo ardente
Que de repente começou sem ter final
Teu remelexo foi feitiço em minha mente
Me despertando num desejo de animal

Fui condenado à prisão desse desejo
E num lampejo eu me vi tão doido assim
Impregnado feito odor de percevejo
Tanto desejo que jogou todo pra mim

Não quer usar não me agite nesse ensejo
Quando te vejo quero ter na minha mão
Teu corpo ardente tu és Eva e és serpente
Que endoida a gente como endoidou Adão

Não é pecado nem é fruto proibido
É só libido como Freud assim falou
Mas Doutor Freud um judeu muito sabido
Ficou perdido ao pensar que te explicou

Tanta conversa pra fazer canção bonita
Que foi escrita como a gente assim bem quer
Tanto desejo de repente põe na fita
Palavra dita pra ganhar essa mulher

Conversa mole de poeta é esquisita
Mas é bendita pois poeta bota fé
Se faz de doida de difícil essa cabrita
Ela me agita mas não me faz de Zé Mané.